Cartões de crédito: Descubra qual o melhor e como o deve usar!

"...atenção a dois valores, na hora de escolher o cartão de crédito: TAEG (Taxa Anual Efectiva Global) e anuidade. A prioridade que dará a cada uma delas tem a ver com o seu perfil de consumidor...;acesso facilitado ao crédito ao consumo tem vantagens óbvias para quem não tem liquidez disponível, mas deve ser também encarado com responsabilidade face a alguns erros comuns..."


Os especialistas financeiros recomendam uma utilização moderada do cartão de crédito: só para emergências e com pagamento da dívida a 100%.

O Jornal i fez uma ronda pelos maiores bancos portugueses para perceber quais eram as melhores ofertas nas gamas mais procuradas Classic e Gold. E é logo aqui que deve tomar atenção aos números, olhando para a forma como são apresentadas as taxas para perceber se está a comparar o mesmo.

Na gama Classic, o banco com a taxa mais competitiva é o BCP (20,7%) e nos Gold é o BPI que tem a TAEG mais baixa. Para quem tem um perfil de utilização mais esporádico, a importância poderá estar mais centrada na anuidade. Na gama Classic, o Banif é quem tem o preço mais barato, enquanto o Gold com a anuidade mais barata é do BCP. No entanto, é comum a maioria dos bancos oferecer a primeira anuidade.

Deve ter sempre em atenção dois valores, na hora de escolher o cartão de crédito: TAEG (Taxa Anual Efectiva Global) e anuidade. A prioridade que dará a cada uma delas tem a ver com o seu perfil de consumidor. Se o seu perfil passa por uma utilização mais intensiva do cartão de crédito, interessa-lhe mais a TAEG e quanto terá de pagar de juros. Por outro lado, se em geral é avesso a recorrer ao crédito e pretende fazer uma utilização muito pontual, deve olhar para a anuidade, o custo fixo que pagará pela possibilidade de usufruir do cartão.


Quando o cartão de crédito surgiu na década de 20 nos Estados Unidos, apenas podia ser usado pelos clientes mais fiéis, aqueles em quem os vendedores depositavam confiança suficiente para saber que eles pagariam as suas dívidas. Hoje a lógica inverteu-se - nunca foi tão fácil arranjar um cartão de crédito. Já nem tem de ir ao banco, basta dar uma volta por um centro comercial para lhe serem oferecidas várias alternativas.

Este acesso facilitado ao crédito ao consumo tem vantagens óbvias para quem não tem liquidez disponível, mas deve ser também encarado com responsabilidade face a alguns erros comuns, principalmente se não estiver devidamente informado sobre as condições do cartão a que acabou de aderir.

Na hora de seleccionar que cartão quer usar, a escolha nem sempre é matemática. Ao contrário de um supermercado, onde sabe que o produto com o preço mais baixo é aquele que o vai fazer pagar menos, com os cartões de crédito há mais factores a considerar. A já referida anuidade deve ser escrutinada com atenção. Muitos bancos oferecem-na no primeiro ano, mas é preciso não esquecer que terá de a pagar nos anos seguintes.


Carolina Gouveia, jurista da Deco, refere o seguro como outro factor importante. Imagine que só se apercebe que o seu cartão foi roubado ou clonado alguns dias depois de isso ter acontecido. Apesar de mandar cancelar de imediato o cartão, não evitou que ele fosse utilizado nesse espaço de tempo. Caso não tenha seguro, o dinheiro que lhe foi retirado da conta é perdido. Com seguro, essa situação está coberta.

O mais importante é que saiba no que se está meter. Carolina Gouveia refere que um dos principais erros é a falta de informação. "Muitas vezes as pessoas não sabem quanto têm de pagar de anuidade ou a assiduidade com que têm saldar a dívida para evitar o pagamento ou subida dos juros", explicou, ao i.

Outros dos aspectos que a jurista da Deco considera mais importantes são as questões de segurança, lembrando que, por vezes, as pessoas revelam descuido na forma como lidam com os cartões, seja na memorização do PIN, seja na permissividade com que deixam que o seu cartão seja levado sem supervisionar o pagamento.

Contudo, apesar dos cuidados obrigatórios, o cartão de crédito não deve ser demonizado. Pode ser um instrumento útil para criar poder de compra num determinado momento em que não tenha dinheiro disponível ou esteja a atravessar uma altura do mês mais apertada. É também uma boa forma de fazer compras pela internet onde, apesar de já haver outras soluções, são ainda a opção mais simples e disseminada. Além disso, é uma solução para viajar sem se preocupar com câmbios ou levantamento de dinheiro, facilitando ainda a marcação de hotéis ou o acesso a seguros.

Apesar da sua utilidade, o cartão de crédito deve ser utilizado com especial cuidado por quem já esteja endividado, podendo contribuir para um agravamento dessa asfixia financeira a médio e longo prazo. A opção por usar um cartão de crédito obriga-o a estar informado na altura, quer da escolha quer da utilização.

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